2015-12-13

Algeciras, Clandestinos, Tráficos, a Máquina “Trituradora de Pessoas", Institucionalizada.

Clandestinos, Tráficos, a Máquina “Trituradora de Pessoas", Institucionalizada.
Um Aviso/Alerta para camionistas. Não aceitem “trabalho” de e para Marrocos.
Divulguem por favor!
 
 
A natureza imperturbável... A flor da Yuca
 
 
As “notícias” e o que escondem da negra realidade que nos rodeia.
1 – Notícias
A notícia diz:
Português condenado por transportar clandestinos
Foi detido em Espanha. Tribunal condenou-o a dois anos de prisão com pena suspensa
O camionista português detido em Espanha acusado do crime de tráfico de pessoas, foi esta manhã condenado a dois anos de prisão com pena suspensa, disse à Lusa a sua mulher.
O motorista já está a caminho de casa, depois de ter estado quase cinco meses detido preventivamente em Algeciras.
«Quando chegarmos a Portugal pode ser que sejam esclarecidas algumas coisas relacionadas com a total falta de apoio por parte das autoridades portuguesas», frisou a mulher do motorista
Detido a 21 de Fevereiro de 2008, quando regressava a Guimarães depois de ter carregado o camião em Marrocos com «material para reciclar», o motorista negou sempre qualquer relação com os dois passageiros clandestinos que viajavam no camião.
A pena pedida pela justiça espanhola era de oito anos de prisão. «Dois anos, com pena suspensa, é bom mas continua a ser uma pena pesada para quem está inocente», sustentou a sua mulher.
Governo não ajudou
Com mais de vinte mil assinaturas a pedir a intervenção do Governo português no caso, a família do motorista vai agora entregar este abaixo-assinado na Assembleia da República.
«Agora, além das assinaturas e do pedido, vamos acrescentar umas perguntas que queremos ver respondidas», disse a esposa do camionista.
«Nunca ninguém me perguntou se tinha dinheiro para ir a Espanha visitar o meu marido, se os meus quatro filhos estavam bem ou se precisávamos de ajuda psicológica», referiu.
Entre várias despesas, a família do motorista suportou as de aconselhamento jurídico em Portugal e os honorários do advogado que, em Espanha, tratou da defesa do motorista.
2 - A mesma história como chegou ao meu conhecimento:
A empresa tinha falta de encomendas mas tinha oferta de trabalho para Marrocos e solicitaram a disponibilidade dos funcionários para fazerem viagens para "Marrocos". Este camionista da notícia disponibilizou-se. Dois dias depois, no primeiro regresso à Europa, estava a ser preso e acusado de "tráfico de seres humanos" em Algeciras, Espanha... Foram encontradas duas pessoas dentro do camião, no meio da carga!... Ainda hoje não faz a mínima ideia como foi possível as pessoas entrarem dentro do camião.
Foi preso sem poder comunicar com os numerosos familiares que perguntava insistentemente à família actual pelo seu regresso. Só 2 dias depois conseguiu comunicar com a mulher pedindo urgentemente que o patrão lhe fizesse chegar os medicamentos para os diabetes…
Mas nessa altura já estava “doutrinado”; tinha sido informado das regras do “jogo” viciado: assinava a “conformidade” (confissão de culpa) e era libertado no prazo dum mês; ou arriscava uma condenação de nove anos de cadeia.
Imagine-se cada um dos meus leitores no lugar deste simples e pacato cidadão, sempre cumpridor dos seus deveres, viajando tranquilamente entre Marrocos e a Europa, no regresso a casa a serem metidos na cadeia e perante estas alternativas.
Parece que, em Algeciras, estes casos são “normais”; são às centenas todos os meses e aos milhares por ano… resolvidos, na sua esmagadora maioria, com a “declaração de conformidade” que inibe, evidentemente, qualquer denúncia deste tipo de casos. O “nosso” motorista decidiu lutar pela sua declaração de inocência… Nada disso. A máquina está montada e os parâmetros definidos, sem alternativa: ou se declara culpado ou é declarado culpado… mesmo que seja inocente.
A família fez barulho, como se pode ver na notícia e acredita que, se não tivesse feito, o caso se teria arrastado ainda por mais tempo com desfecho imprevisível. A família fez barulho mas foi aconselhada a tratar tudo com o máximo sigilo, em segredo… porque isso era bom para o motorista; estas coisas não se devem saber…
Portanto, uma tentativa de encontrar trabalho longe de casa quando perto escasseia, uma tentativa de ajudar a empresa, o patrão, transformou-se num enorme pesadelo daqueles de que nunca mais a gente acorda. É a confiança na vida, na idoneidade das instituições, na sociedade que se destrói para sempre… É uma parte da saúde emocional e física que se perde.
Este esquema é tão primário que realmente só pode resultar da vontade obstinada das respectivas instituições. Nenhum traficante, no seu juízo perfeito, mete 2 clandestinos na carga do camião… para os apresentar à autoridade portuária… Nenhum juiz, nenhuma polícia ou autoridade, NO SEU JUÍZO PERFEITO e estando de boa fé, acredita que um pacato camionista que vai a Marrocos trabalhar, em 2 dias apenas se transforma em traficante de pessoas…
O desafio é perceber por quê; o que está por detrás destes esquemas maquiavélicos; que interesses, que máfias, que tráficos se concretizam sacrificando estes incautos “bodes expiatórios”.
Este motorista esteve preso em Algeciras 4 meses e, com muita sorte, foi condenado a 2 anos de cadeia, pena suspensa… Ilibado é que não por mais evidente que seja. Parece que “aquilo” é um jogo onde todos têm de ganhar… e as instituições só ganham condenando… e enquanto as instituições ganharem com estas ciladas evita-se que se levantem questões que podem incomodar os operacionais e os tráficos que encobrem e em cuja receita participam… É A MINHA “OPINIÃO”
 
Por favor, quem conhece motoristas informe-os sobre isto.

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